sábado, 12 de abril de 2008

Você descrita em meia dúzia de palavras bonitas e algo mais:

Complexa Amável Verdadeira Incomparável Esperta Sensível Passe novamente com seus longos cabelos formado de anéis, com seu jeito vezes introvertido, vezes engraçado; passe com seu ar esnobe que me fascina. Sabe ser sarcástica como ninguém. A ironia negra, escondida por entre os risos, flui clara e repetidamente em cada comentário ferrenho, na hora de piadas e graças. Mas isso não deturpa sua beleza, não fere a minha idolatria. Única e completa na verdade e nas mentiras das palavras, cada uma em sua hora, seu lugar. À primeira vista, tímida. Mais tarde, risonha, sapeca, piadista e bêbeda. Forte de corpo e de alma, de voz e atitude. Fala sonsa, quase morta, quase caída, olhar seco, curto, pequeno. Sorriso incandescente estendido no rosto. Um sorriso que desmorona, sara, apaixona e arde. Arde feio, feito coisas que acontecem sem acontecer. Feito poemas criados na solidão de uma noite. Feito suicídios arquitetados na precipitação de um dia. Passe novamente com seus longos cabelos formado de anéis. Passe com o seu perfume de flor amadurecida. Passe com a sua vida de menina, com o seu corpo de mulher. Passe por entre os caminhos que eu vejo. Passe por entre as pessoas que conheço. Passe com a verdade que estampa seu olhar, que lava suas mãos, que a faz tão realmente linda. Passe com a sua altura mediana, seu corpo proporcionalmente perfeito para você, sua boca sobrepujante, seu olhar in fine, seu tudo, que tudo em mim completaria se o deixasse. Passe novamente com seus longos cabelos formado de anéis, com seu jeito vezes introvertido, vezes engraçado; passe com seu ar esnobe que me fascina. EU DESCRITO EM UMA ÚNICA PALAVRA BONITA: Você. [Por Manuh Almeida]

Cognoscere

Conhecer.
Palavra complexa essa!
Quando podemos verdadeiramente fazer uso desse verbo?
Eu antes acreditava, que conhecer alguém não passava do simples ato de trocar meia dúzia de vocábulos, hoje
percebo que ‘conhecer’ é uma fonte inesgotável de sentidos e aplicações.
Você realmente conhece quem está ao seu lado?
(?)
Sabe dos seus temores, das suas alegrias, seus desejos, sonhos...
Sabe daquilo que o faz tranqüilo, da sua comida favorita, de como coloca o travesseiro entre as pernas para
dormir
De como meche no cabelo para ‘flertar’, como os olhos mudam de cor quando encontram o sentido da
inspiração
Como aquele cheiro de chiclete de morango, com um toque charmoso de cigarro o faz sentir “em casa”
Sabe que ela não consegue concentrar-se em nada, mas ao seu lado todos os devaneios deixam de ser mera
utopia
Conhecer alguém é complexo, porque as pessoas são complexas (por mais simples que elas queiram
transparecer...)!
Quem pode garantir que as palavras que saem da boca ou das pontas dos dedos, realmente são as verdades
implícitas no coração?
Subjetividade
Acredito que a existência humana está intimamente ligada a subjetividade.
E não é ela, a mais fácil das verdades?
Não permitir que alguém entre no seu “eu”, que não participe das suas ânsias (e elas existem?) de vida, isso
sim é o correto.
Quem não te conhece
Não te fere
É impossível ferir quando se desconhece o inimigo, certo?
Errado.
(?)
O que há por detrás dos olhos dele
Como pode você, saber se a sua fantástica jogada de cabelo ou o seu sorriso plástico não o ferem
Então me diz, por que não se permitir?
Por que não deixar que te conheçam (nas mais completas definições que o verbo pode ter)?
O que temes?
Temes?
As interrogações são necessárias para que você possa entender, que também há quem não entenda...
Que não conhece
Que não se conhece
Ser introspectiva é um mistério a ser desvendado, esse é o seu charme.
Admiro isso em você, como admiro os seus cachos amassados quando acorda.
20 anos tornou-se um pouco mais de 20 minutos que te conheço... Só consigo mostrar o sorriso que vejo
A risada
A cicatriz
Os cachos
O aparelho móvel
As unhas negras
...
[Por Biah Cerqueira]

terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

... pensamentos malucos e com detalhes...

Ela se deitou meio pensativa...
Durante uma madrugada insone, daquelas onde o teto e seus pensamentos mais malucos são seus melhores companheiros ela pensou, analisou, refletiu.
Decidiu criar prioridades.
Um turbilhão de pensamentos, desejos de mudança, necessidades colocadas à prova. Revoltas contidas, prestes a entrar em erupção, eram tantas diferenças, ela queria apenas tentar mudar...
Mas tudo parecia não dar certo... O universo não conspirava a seu favor...
Parecia não se encaixar em um mundo tão frio e cruel, todo composto por máscaras e rótulos. Interesses subentendidos e felicidades aparentes...
Pretendia encontrar o culpado por tamanha diferença, afinal a culpa tinha que ser de alguém. Uma angústia lhe tomou o peito, não sabia como se livrar de toda aquela areia movediça, cada vez lhe sugava mais e mais.
Procurava força, mas não tinha coragem... Coragem é o que sempre falta, o comodismo sempre entra em ação e vence essa incansável luta diária!
Tentar mudar? Meras tentativas em vão... Não dependia exclusivamente dela... Seria mais prático o comodismo, a conformidade chegou...
Deitou e foi dormir o sono dos justos.
Talvez a revolução comece amanhã!