quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Festival da Cultura de Bocaiuva 2010: Já estão abertas as inscrições para o Festival da ...

Festival da Cultura de Bocaiuva 2010: Já estão abertas as inscrições para o Festival da ...: "Já estão abertas as inscrições para o Festival da Canção que será realizado dentro do Segundo Festival da Cultura de Bocaiuva. O Festival da..."

domingo, 15 de agosto de 2010

eu defenestro, você defenestra, nós defenestramos...

Certas palavras têm o significado errado. Falácia, por exemplo, devia ser o nome de alguma coisa vagamente vegetal. As pessoas deveriam criar falácias em todas as suas variedades. A Falácia Amazônica. A misteriosa Falácia Negra. Hermeneuta deveria ser o membro de uma seita de andarilhos herméticos. Onde eles chegassem, tudo se complicaria.
- Os hermeneutas estão chegando!
- Ih, agora é que ninguém vai entender mais nada...
Os hermeneutas ocupariam a cidade e paralisariam todas as atividades produtivas com seus enigmas e frases ambíguas. Ao se retirarem deixariam a população prostrada pela confusão. Levaria semanas até que as coisas recuperassem o seu sentido óbvio. Antes disso, tudo pareceria ter um sentido oculto.
- Alo...
- O que é que você quer dizer com isso?
Traquinagem devia ser uma peça mecânica.
- Vamos ter que trocar a traquinagem. E o vetor está gasto.
Plúmbeo devia ser um barulho que o corpo faz ao cair na água. Mas nenhuma palavra me fascinava tanto quanto defenestração. A princípio foi o fascínio da ignorância. Eu não sabia o seu significado, nunca lembrava de procurar no dicionário e imaginava coisas. Defenestrar devia ser um ato exótico praticado por poucas pessoas. Tinha até um certo tom lúbrico. Galanteadores de calçada deviam sussurrar no ouvido das mulheres:
- Defenestras?
A resposta seria um tapa na cara. Mas algumas... Ah, algumas defenestravam. Também podia ser algo contra pragas e insetos. As pessoas talvez mandassem defenestrar a casa. Haveria, assim, defenestradores profissionais. Ou quem sabe seria uma daquelas misteriosas palavras que encerravam os documentos formais? "Nestes termos, pede defenestração..." Era uma palavra cheia de implicações. Devo até tê-la usado uma ou outra vez, como em:
- Aquele é um defenestrado.
Dando a entender que era uma pessoa, assim, como dizer? Defenestrada. Mesmo errada, era a palavra exata. Um dia, finalmente, procurei no dicionário. E aí está o Aurelião (dicionário do Aurélio Buarque) que não me deixa mentir. ¿ Defenestração¿ vem do francês ¿defenestration¿. Substantivo feminino. Ato de atirar alguém ou algo pela janela. Ato de atirar alguém ou algo pela janela! Acabou a minha ignorância mas não a minha fascinação. Um ato como este só tem nome próprio e lugar nos dicionários por alguma razão muito forte. Afinal, não existe, que eu saiba, nenhuma palavra para o ato de atirar alguém ou algo pela porta, ou escada abaixo. Por que, então, defenestração? (...) Quem entre nós nunca sentiu a compulsão de atirar alguém ou algo pela janela? A basculante foi inventada para desencorajar a defenestração. Toda a arquitetura moderna, com suas paredes externas de vidro reforçado e sem aberturas, pode ser uma reação inconsciente a esta volúpia humana, nunca totalmente dominada. Na lua-de-mel, numa suíte matrimonial no 17º andar.
-Querida...
-Mmmm?
- Há uma coisa que preciso lhe dizer...
-Fala, Amor
-Sou um defenestrador.
E a noiva, em sua inocência, caminha para a cama: Estou pronta para experimentar tudo com você! TUDO! Uma multidão cerca o homem que acaba de cair na calçada. Entre gemidos, ele aponta para cima e babulcia:
- fui defenestrado...
Alguém comenta:
- Coitado. E depois ainda atiraram ele pela janela?
Agora mesmo me deu uma estranha compulsão de arrancar o papel da máquina, amassá-lo e defenestrar esta crônica. Se ela sair é porque resisti.
Crônica - Luís Fernando Veríssimo

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Ah!...

Ok, estou tentando voltar a ter sentimentos... ‘encontrei’ um blog que há muito não é atualizado, assim como este que vocês leem [que bom que a reforma ortográfica acabou com esse maldito acento, né?], daí vi um texto, gostei e, descaradamente, copiei. rs

Há quem apoie o Pierrot, há quem se identifique com o Arlequim, mas vamos deixar a Colombina falar para ver o que ela quer da vida:

"Pudesse eu repartir-me e encontrar minha calma dando a Arlequim meu corpo e a Pierrot a minh’alma! Quando tenho Arlequim, quero Pierrot tristonho, pois um dá-me o prazer, o outro dá-me o sonho!Nessa duplicidade o amor todo se encerra: um me fala do céu... outro fala da terra!Eu amo, porque amar é variar, e em verdade toda a razão do amor está na variedade...Penso que morreria o desejo da gente, se Arlequim e Pierrot fossem um ser somente,porque a história do amor pode escrever-se assim: Um sonho de Pierrot, um beijo de Alerquim! "

*imagem: Cris vector =]

domingo, 13 de junho de 2010

é.. voltei.

... Okay! Primeiro post de 2010.
Tá bom, já sei que eu disse que iria postar algo... mas sei lá.. antes a desculpa era de que a facul tomava todo o tempo, mas e agora? É, sou enrolada, já sei.
Estou ouvindo Wagner Moura cantar Creep, até bom.. ficou brega, beem brega, mas é o Wagner Moura, né?! aiai...
Ontem foi dia dos namorados e eu fui comemorar num aniversário de criança. Ir em festas infantis é beem divertido, principalmente quando é no dia dos namorados e não se tem um namorado para gastar dinheiro comemorar.
E a Copa do mundo começou... até começo a gostar de futebol mas não tenho paciência para ver três jogos seguidos... credo! Sensação enorme de tempo perdido... CALA BOCA GALVAO está entre os TTWorld no Twitter e os ‘gringos’ acham que é o novo single da Lady Gaga ou que Galvão é o nome de uma ave em extinção [http://tinyurl.com/394q4k2], pasmem! Se bem que... melhor seria se o Galvão entrasse em extinção de vez, né?
Enfim... vou escrever mais. Prometo.
E os próximos terão sentido, assim como me (des)ensinaram na faculdade. =]